O jornalista e a audiência na era da mobilidade, curadoria e redes sociais
Como a abundância de informação na internet e o fácil e rápido acesso a esse conteúdo altera o papel do jornalista? Essa é apenas uma das questões que o Seminário Internacional Rumos Jornalismo Cultural abordará na 4ª edição do encontro, que acontece de 5 a 7 de dezembro. Neste ano, o evento ocorre simultaneamente ao MediaOn – 6º Seminário Internacional de Jornalismo Online, realizado entre os dias 4 e 6 de dezembro pelo Itaú Cultural e Terra. Ambos os encontros têm como foco discutir o jornalismo e a comunicação no século XXI e como o novo jornalista se comporta – ou deveria se comportar – diante dos fenômenos causados pelas redes sociais, pela colaboração e pela mobilidade.
O 4º Seminário Internacional Rumos Jornalismo Cultural tem como foco central a análise, reflexão e discussão sobre a reconfiguração do papel do jornalista cultural diante da cultura em rede. Hoje sites, blogs, mídias sociais, comunidades de interesse e projetos colaborativos estão colocando o público em contato com fontes e produtores sem intermediários. Nesse contexto, o jornalista de cultura deixa de ser um gatekeeper para tornar-se um gatewatcher.
Desse modo, o jornalista não é mais o responsável por barrar alguém ou alguma obra, mas um vigia, um observador de múltiplas telas que o informam sobre o que está repercutindo no mundo virtual. A perda de influência é apenas um dos dilemas do jornalismo cultural diante da cultura em rede. Sua reconfiguração é o tema do encontro que conta com a curadoria de Cristiane Costa e consultoria de Fabio Malini e José Geraldo Couto.
Para saber mais sobre a programação completa do evento, confira aqui.
Lembre-se!: Todas as mesas do 4º Seminário Internacional Rumos Jornalismo Cultural e do MediaOn – 6º Seminário Internacional de Jornalismo Online serão transmitidas ao vivo no site do MediaOn.
programação
abertura
quarta 5
20h Jornalismo Cultural na Era Digital: do Púlpito para a Conversação com as Audiências
A desintermediação e o critério social mudaram de maneira radical a forma como o público acessa a informação sobre cultura. Jornalistas deixam de falar na tribuna, que tornava suas críticas quase impossíveis de rebater, para se misturarem a um coro de vozes que buscam ser escutadas. Seus critérios e profissionalismo são postos à prova a cada momento. Para alguns, isso é uma tragédia, para outros, uma grande oportunidade.
[com Gumersindo Lafuente]
[apresentação Pablo Miyazawa]
quarta 5
20h Jornalismo Cultural na Era Digital: do Púlpito para a Conversação com as Audiências
A desintermediação e o critério social mudaram de maneira radical a forma como o público acessa a informação sobre cultura. Jornalistas deixam de falar na tribuna, que tornava suas críticas quase impossíveis de rebater, para se misturarem a um coro de vozes que buscam ser escutadas. Seus critérios e profissionalismo são postos à prova a cada momento. Para alguns, isso é uma tragédia, para outros, uma grande oportunidade.
[com Gumersindo Lafuente]
[apresentação Pablo Miyazawa]
quinta 6
painel 1
15h Se É Bom Não Vende, Se Vende Não É Bom: Desde Quando Gosto Não Se Discute?
Por que tudo o que os críticos gostam eu detesto e por que eles detestam tudo o que eu gosto? Há gosto para tudo? Ainda é possível falar em valores estéticos, bom gosto e mau gosto? O divórcio entre alta e baixa cultura. O fenômeno dos virais.
[com Angélica de Moraes, Lobão e Sergio Rodrigues]
[mediação José Geraldo Couto]
painel 1
15h Se É Bom Não Vende, Se Vende Não É Bom: Desde Quando Gosto Não Se Discute?
Por que tudo o que os críticos gostam eu detesto e por que eles detestam tudo o que eu gosto? Há gosto para tudo? Ainda é possível falar em valores estéticos, bom gosto e mau gosto? O divórcio entre alta e baixa cultura. O fenômeno dos virais.
[com Angélica de Moraes, Lobão e Sergio Rodrigues]
[mediação José Geraldo Couto]
painel 2
17h30 Curadoria de Informação e Jornalismo Cultural na Era Digital
O conceito de curadoria vem ganhando cada vez mais espaço com as mídias digitais. Sites como o Flipboard, o Zite e o Scoop.it permitem que o leitor seja seu próprio curador e compartilhe suas preferências com amigos e comunidades formadas por afinidades eletivas. Linkar se torna uma prática discursiva que leva o público a deixar a posição passiva e se tornar autor, crítico, divulgador, coprodutor. Até que ponto essa nova realidade afeta repórteres e editores?
[com Giselle Beiguelman, Javier Celaya e Mànya Millen]
[mediação Cristiane Costa]
17h30 Curadoria de Informação e Jornalismo Cultural na Era Digital
O conceito de curadoria vem ganhando cada vez mais espaço com as mídias digitais. Sites como o Flipboard, o Zite e o Scoop.it permitem que o leitor seja seu próprio curador e compartilhe suas preferências com amigos e comunidades formadas por afinidades eletivas. Linkar se torna uma prática discursiva que leva o público a deixar a posição passiva e se tornar autor, crítico, divulgador, coprodutor. Até que ponto essa nova realidade afeta repórteres e editores?
[com Giselle Beiguelman, Javier Celaya e Mànya Millen]
[mediação Cristiane Costa]
painel 3
20h Fora da Zona de Conforto
Concentrados nos bairros da moda do eixo Rio/São Paulo, os principais jornais e revistas demoraram a perceber o vigor cultural das periferias. E ainda mais a pulverização criativa dos coletivos culturais. Hoje, as mídias sociais são o principal espaço para divulgação dessa produção artística em ascensão. Artistas e produtores descobriram novas formas de sustentabilidade numa estrutura midiática em que fãs passam a ser amigos e parceiros. A imprensa tende a se tornar um intermediário dispensável?
[com Alex Primo, Armando Antenore e Emicida
[mediação Fabio Malini]
20h Fora da Zona de Conforto
Concentrados nos bairros da moda do eixo Rio/São Paulo, os principais jornais e revistas demoraram a perceber o vigor cultural das periferias. E ainda mais a pulverização criativa dos coletivos culturais. Hoje, as mídias sociais são o principal espaço para divulgação dessa produção artística em ascensão. Artistas e produtores descobriram novas formas de sustentabilidade numa estrutura midiática em que fãs passam a ser amigos e parceiros. A imprensa tende a se tornar um intermediário dispensável?
[com Alex Primo, Armando Antenore e Emicida
[mediação Fabio Malini]
sexta 7
13h30 Oficina de Newsgames
Não é preciso ser programador ou gamemaníaco para participar deste workshop que vai ensinar como transformar notícias em games. Os grupos vão aprender a criar protótipos baseados em eventos do noticiário e técnicas para comunicar ideias a partir de jogos digitais e não digitais, além de conhecer os mais importantes trabalhos desse novo campo do jornalismo.
[com Gonzalo Frasca]
[20 vagas – inscrições pelo e-mail itaucultural@comunicacaodirigida.com.br]
13h30 Oficina de Newsgames
Não é preciso ser programador ou gamemaníaco para participar deste workshop que vai ensinar como transformar notícias em games. Os grupos vão aprender a criar protótipos baseados em eventos do noticiário e técnicas para comunicar ideias a partir de jogos digitais e não digitais, além de conhecer os mais importantes trabalhos desse novo campo do jornalismo.
[com Gonzalo Frasca]
[20 vagas – inscrições pelo e-mail itaucultural@comunicacaodirigida.com.br]
painel 4
18h30 Game Também É Cultura?
A indústria de entretenimento que mais fatura no mundo, à frente até do cinema, também produziu o primeiro tipo de narrativa genuinamente digital. Estaria nascendo uma nova forma de arte?
[com Arthur Protasio, Espen Aarseth e Lucia Santaella]
[mediação Marcos Cuzziol]
20h30 exibição do vídeo A Mecânica do Jogo, documentário hipermídia e interativo que procura entender o papel da indústria e cultura de jogos no Brasil.
[em seguida, breve debate com Bruno Araújo e Carlos Oliveira]
[em seguida, breve debate com Bruno Araújo e Carlos Oliveira]
Participantes
Alex Primo é professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Possui mestrado em jornalismo (Ball State University) e doutorado em informática na educação (UFRGS). Autor de Interação Mediada por Computador e organizador do Mapeamento do Ensino do Jornalismo Digital no Brasil em 2010.
Alex Primo é professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Possui mestrado em jornalismo (Ball State University) e doutorado em informática na educação (UFRGS). Autor de Interação Mediada por Computador e organizador do Mapeamento do Ensino do Jornalismo Digital no Brasil em 2010.
Arthur Protasio é escritor e designer de narrativas. Coordena o Centro de Tecnologia Social Game Studies da Fundação Getulio Vargas e é presidente da Associação Internacional de Desenvolvedores de Jogos no Rio de Janeiro. É criador da web série LudoBardo.
Armando Antenore é jornalista formado pela ECA-USP. Foi um dos coordenadores da Associação de Incentivo às Comunicações Papel Jornal, ONG que promovia oficinas de texto, foto e design gráfico para jovens do Jardim Ângela, em São Paulo. Atualmente é redator-chefe da revista Bravo!.
Angélica de Moraes é jornalista cultural, crítica de artes visuais e curadora. Nos anos 1990, cobriu para o jornal O Estado de S. Paulo as principais mostras internacionais de arte (Kassel, Veneza, Madri, Berlim, Tóquio, Nova York, Washington), atividade que mantém na atualidade em revistas como Wish Report e seLecT. Publicou em 2012 o livroAlex Flemming, (ed. CosacNaify).
Bruno Araújo é jornalista formado pela PUC/SP. Já trabalhou nas editorias de tecnologia, games e cidades. Atualmente, é repórter de Novas Mídias no G1.
Carlos Oliveira é jornalista com atuação na área de tecnologia e games. Atualmente, trabalha no G1 Mundo. Toca teclado em uma banda e arrisca trilhas e conceitos para jogos eletrônicos.
Cristiane Costa é doutora em comunicação e cultura e pesquisadora do pós-doutorado do Programa Avançado de Cultura Contemporânea da UFRJ. Coordenadora do curso de jornalismo da ECO/UFRJ, foi editora do Caderno Ideias do Jornal do Brasil, do Portal Literal e da revista eletrônica Overmundo.
Emicida é músico considerado uma das maiores revelações do hip-hop nacional, acumulando milhões de acessos no YouTube e em seu perfil no MySpace. Seu esquema “faça você mesmo” de mixtapes vende cópias de CDs de mão em mão e pela internet.
Espen Aarseth é professor do departamento de media and comunication da Universidade de Oslo, na Noruega. Autor de Cybertext: Perspectives on Ergodic Literature, criou conceitos fundamentais para a teoria dos games e da literatura eletrônica. É editor chefe do Game Studies.
Fabio Malini é doutor em comunicação e cultura e professor de jornalismo da Universidade Federal do Espírito Santo. Realizador multimídia, é coordenador do Laboratório de Projetos em Internet e Cultura da UFES, além de consultor do Programa Onda Cidadã, do Itaú Cultural.
Giselle Beiguelman é editora da revista seLecT. Midiartista e professora universitária da FAU/USP, atua nas áreas relacionadas à criação, curadoria e crítica de artemídia. Foi curadora do Nokia Trends e diretora artística do Instituto Sergio Motta.
Gonzalo Frasca é desenvolvedor de games, tendo assinado o primeiro videogame oficial para uma campanha presidencial americana. Foi diretor criativo da PowerfulRobot Games, estúdio que trabalhou para clientes como Pixar e Disney. É PhD e titular da cadeira de Videogames da ORT Universidade de Montevideo.
Gumersindo Lafuente é professor da Fundación Nuevo Periodismo Iberoamericano, presidida por Gabriel García Márquez, e membro da Red Iberoamericana de Periodismo Cultural. Foi diretor de mídia digital do jornal El País, transformando sua redação em referência mundial da internet.
Javier Celaya é criador do portal cultural espanhol dosdoce.com, fundado para incentivar entidades do setor cultural, como editoras, bibliotecas, museus e fundações a utilizar as novas tecnologias sociais. Esteve à frente de mais de 20 estudos sobre o tema, como Industrial Editorial 2.0.
José Geraldo Couto é jornalista, crítico e tradutor. Trabalhou na Folha de S.Paulo e na revista Set e publicou, entre outros, o livro Brasil: Anos 60. Colabora com as revistas Bravo! e Carta Capital e mantém uma coluna de cinema no blog do Instituto Moreira Salles.
Lobão é músico, cantor, compositor, apresentador de televisão e escritor. Criou e editou a revista Outracoisa, virou um autor best-seller com a autobiografia 50 Anos a Mil e atualmente escreve um guia politicamente incorreto da cultura brasileira: O Manifesto do Nada na Terra do Nunca.
Lucia Santaella é professora titular na pós-graduação em comunicação e semiótica e coordenadora da pós-graduação em tecnologias da inteligência e design digital da PUC/SP. Publicou, entre outros livros, Mapa do Jogo: A Diversidade Cultural dos Games.
Mànya Millen é jornalista que trabalha no O Globo, para o qual já cobriu as áreas de televisão, dança, artes plásticas e teatro. Atualmente é editora do suplemento literário Prosa.
Marcos Cuzziol é engenheiro de software e desenvolvedor de games. Doutor em artes visuais pela USP, atualmente é gerente do núcleo de inovação do Instituto Itaú Cultural.
Pablo Miyazawa é editor da Rolling Stone Brasil e autor do blog Gamer.br. Foi editor de publicações infanto-juvenis da editora Conrad. Colaborou com a Folha de S.Paulo, Set, Revista da MTV e Play, e assinou uma coluna televisiva no Notícias MTV. É um dos criadores do coletivo Gardenal.org e colunista na EGM Brasil e na revista ESPN.
Sergio Rodrigues é escritor e jornalista, autor de Elza, a Garota e Sobrescritos, entre outros livros. Edita os blogs Todoprosa, sobre literatura, e Sobre Palavras, sobre a língua portuguesa, no portal Veja.com.
4º Seminário Internacional Rumos Jornalismo Cultural
quarta 5 a sexta 7 de dezembro
indicado para todas as idades
sala itaú cultural 240 lugares
[ingresso distribuído com meia hora de antecedência]
certificado para quem tiver 75% de presença
[reserva para grupos pelo e-mail itaucultural@comunicacaodirigida.com.br]
quarta 5 a sexta 7 de dezembro
indicado para todas as idades
sala itaú cultural 240 lugares
[ingresso distribuído com meia hora de antecedência]
certificado para quem tiver 75% de presença
[reserva para grupos pelo e-mail itaucultural@comunicacaodirigida.com.br]
entrada franca
Do site Itaú Cultural
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